e de alguma forma quero te fazer
compreender que não é assim,
que tenho um medo cada vez maior
do que vou sentindo em todos esses meses,
e não se soluciona, mas volto e volto sempre,
então me invades outra vez com o mesmo jogo
e embora supondo conhecer as regras,
me deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias,
a compactuar com teus medos que não decifro,
a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso
descarnado, essas migalhas que me vais jogando...
...entre as palavras e os pratos vazios..."
(Caio Fernando Abreu)
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