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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O tédio e a tempestade

Tem dias que são assim mesmo, dias de desencontro perfeito; o que eu sonho, se distancia,
e o que eu menos quero, é o que mais se aproxima.
 As tardes são caminhos monótonos para a noite, que é uma estrada de linhas retas, sem fim.
O sonho não chega, e quando vem, é sem cor.
 Dias onde as noites são sempre assim, cinzas, como céu sem estrelas, praia sem ondas, rio sem marolas.
E quando começa acreditar que nada vai mudar, chega uma chuva de emoções, uma tempestade de novos sentimentos, uma ventania de razões que destoa de tudo, é o amor, a paixão fulminante, que tudo transforma, torna tudo tão vibrante.
Assim, seu jardim, outrora seco e sem vida, se enche de flores, nesse peito de amores, onde o nada é tudo, e o tudo, apenas uma partícula.
Quando estamos amando, as noites se enchem de perfume, os dias são preenchidos pela esperança, a alma fica doce, com jeito de criança.
Que o amor tome conta da sua vida, e antes que você reclame, ou diga, que já sofreu demais, que não acredita no amor, deixe de lado esse sentimento bobo, esse rancor.
Prepare-se para viver a plenitude.
O amor não pede para entrar, ele invade, não é mansidão, nem quietude.
Prepare-se!
O amor está onde não o procuramos, está onde sempre esteve, tão perto e tão longe, ao alcance das mãos aflitas, bocas sedentas, de corpos ansiosos, coração que esquece a razão, é pura emoção.
Se as mãos tremerem, o coração disparar, se não conseguir desviar o olhar, se não conseguir esquecer, não adianta correr, nem tentar se esconder, o amor te pegou e agora é só viver.
Seja feliz!

Paulo Roberto Gaefke 

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